Praia do Flamengo é uma daquelas que o turista procura em Salvador. Barracas pé na areia, espreguiçadeiras e mesas, serviços, areia limpa e mar lindo
Posted on 04:40 by Tecnologia Avançada
Já estive em Salvador quatro vezes e conheci vários lugares incríveis. Sem dúvida a capital baiana é um destino fascinante, de uma grande riqueza cultural e arquitetônica, um Carnaval alucinante e gastronomia ímpar. Mas confesso que em três das minhas visitas uma coisa me frustrava: como assim eu estive na Bahia e não tomei um banho de mar?
Acontece que, embora seja uma cidade litorânea, não existe faixa de areia em boa parte de Salvador. Já aquelas praias urbanas famosas (como Praia da Barra, Ondina, Rio Vermelho, Amaralina ou Pituba) não são das mais agradáveis aos banhistas. Seja por estarem impróprias para banho, terem pedras ou até mesmo não serem as mais seguras.
Pois na minha última ida à capital baiana decidi tirar “esse trauma” que tenho da cidade. Antes mesmo da viagem, passei a pesquisar diversas praias que fossem próximas a Salvador e que eu pudesse curtir como em outras capitais do Nordeste. O fato de a prefeitura ter demolido os quiosques de praia tornou essa busca um pouco mais complicada. Afinal, eu teria de levar um isopor?
Conversando com diversos moradores locais, nove em cada 10 sugestões era de que eu fosse à Praia do Forte: “Até a Ivete tem uma casa lá”, diziam. Mas o local, embora pareça mesmo paradisíaco, fica a mais de 50Km de Salvador, no município de Mata de São João. Como eu só teria meio dia de folga por ali, ficava inviável o bate-volta de ônibus e um táxi fechado sairia por mais de R$200.
Foi então que apostei na Praia do Flamengo. Embora também fique em outra cidade, em Lauro de Freitas, a praia faz parte da grande Salvador, a cerca de 20Km de Pituba, onde estava hospedado, o que tornaria
Vizinha de Itapuã e Stella Maris. Nas ruas ao redor, existem uma infinidade de condomínios fechados, ou seja, não há comércio como em outras praias urbanas.
Mas duas das mais famosas barracas de praia de Salvador estão ali. São as enormes “Pipa” e “Barraca do Lôro“. Elas têm total infraestrutura de alimentação e serviços para o banhista. Claro que os preços praticados são um pouco mais altos que nas banquinhas de ambulantes do lado de fora.
A Praia do Flamengo é linda, o mar apresenta trechos com arrecifes, que durante a baixa da maré formam piscinas naturais. O pôr-do-sol ali, embora seja do lado oposto ao mar, também é muito bonito.
Infelizmente esse é um ponto delicado da visita à Praia do Flamengo. Se você não está de carro, terá de optar pelo transporte público, que leva mais de uma hora para fazer a ligação com Salvador, ou uma longa corrida de táxi. Claro que os 20Km não saem baratos, mas para quem está acostumado com os preços absurdos dos táxis de São Paulo, não irá achar uma corrida de R$50 desde Pituba tão abusiva.
Fizemos o bate-volta de táxi e esse foi o valor que pagamos. A corrida levou cerca de 40 minutos e foi agradável, beirando a orla. O único porém fica na hora de voltar a Salvador, já que, como a Praia do Flamengo fica em um lugar meio deserto, não foi fácil encontrar um taxista depois do pôr-do-sol. Por sorte, conseguimos dividir um táxi com outras meninas que haviam pedido um carro por telefone.
Independente disso, a Praia do Flamengo serviu para me mostrar que Salvador – ou pelo menos a região próxima da capital – tem praias incríveis, daquelas que a gente procura quando vai ao Nordeste. Uma ótima experiência, que pretendo repetir quando voltar à cidade.